para-raios
|
||
O equipamento funciona de acordo com um princípio físico conhecido como “o poder das pontas”, segundo o qual as pontas metálicas finas do para-raios atraem os raios para si, já que nelas se concentram mais cargas elétricas. A descarga elétrica é então conduzida pelo cabo de ligação até o solo, onde um cabo aterrado dissipa a energia capturada. Dizer que o para-raio atrai o raio é apenas um mito. Na realidade, ele oferece ao raio um caminho para chegar à terra com pouca resistividade. Quando uma nuvem com carga negativa passa por cima da ponta do equipamento, partículas positivas são induzidas ali, ionizando o ar atmosférico. Isso transforma o ar em um bom condutor de eletricidade. A nuvem, então, se descarrega por meio de uma faísca, liberando elétrons (partículas negativas) que serão dissipados no solo por meio da placa aterrada. A área protegida pelos para-raios tem o formato de um cone, sendo a ponta da antena o seu vértice. Sua altura vai da ponta da antena ao chão e seu raio no solo mede cerca do dobro da altura em que está a ponta do dispositivo. O ângulo entre o vértice e a geratriz do cone costuma ser de 55º. Para descobrir o raio da área protegida pelo equipamento, usa-se a seguinte fórmula: R = h x tan A , em que R é o raio, h a altura em metros e A o ângulo em graus. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem uma norma específica para a proteção de estruturas contra descargas elétricas, a ABNT-NBR-5419. Segundo ela, o cabo do para-raios, que vai da antena ao solo, deve ser isolado para não entrar em contato com as paredes da edificação. É indicado também utilizar parafusos de alumínio ou aço inoxidável, para que não tenha ferrugem. |